Dona Nair é uma senhora viúva de 78 anos.
Pacata, faz tricô e crochê para as netinhas, não espera mais nada da vida...
Pera lá. Se alguém imagina que essa senhora idosa fica em casa fazendo tricô, tira o cavalinho da chuva.
Nair vai todo fim de semana para o baile, joga e já ganhou campeonatos de baralho, era monitora de guia, foi eleita há alguns anos a Miss Simpatia 3ª Idade da cidade de São Caetano do Sul, dirige um Kazinho, aprendeu informática (já esqueceu), aprendeu a usar internet (também esqueceu). Segundo o geriatra, não é o alemão não, é próprio da idade. Apesar da memória falha, ela não esquece de viver a vida.
Quem diz que ela ficou sossegada? Basta escutar uma música que os pés começam a formigar.
A dona Nair, minha mãe, é uma figurinha mesmo.
Pacata, faz tricô e crochê para as netinhas, não espera mais nada da vida...
Pera lá. Se alguém imagina que essa senhora idosa fica em casa fazendo tricô, tira o cavalinho da chuva.
Nair vai todo fim de semana para o baile, joga e já ganhou campeonatos de baralho, era monitora de guia, foi eleita há alguns anos a Miss Simpatia 3ª Idade da cidade de São Caetano do Sul, dirige um Kazinho, aprendeu informática (já esqueceu), aprendeu a usar internet (também esqueceu). Segundo o geriatra, não é o alemão não, é próprio da idade. Apesar da memória falha, ela não esquece de viver a vida.
Este fim de semana, com a virada Cultural de São Paulo, a levei (ou ela me levou?) para o evento no domingo. Ficamos no centro da cidade, numa praça onde estavam tocando samba fundo de quintal.
A dona Nair chamou atenção e animou os que estavam por perto. A Taiana, Tatá, uma passista de escola de samba paulista que estava por perto com um amigo, achou graça e começou a dançar com ela. Foi um show. Um gringo que estava por ali, adorou presenciar tudo aquilo. Bom, o rapaz que tinha cara de gringo arriscou uns passos e se percebia o esforço para dançar samba que, como minha amiga espanhola Olvido falava, parece estar matando baratas.
Este quadro visa homenagear as "figurinhas" que encontramos em Sampa. São pessoas que se destacam no meio de uma multidão sempre apressada. Sem elas certamente a cidade seria mais cinza.
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