Conhecido mundialmente, Chanel n° 5, é mais brasileiro do que possamos imaginar.
O Linalol, óleo que serve como matéria-prima principal para produzir a fragância, é retirado de uma árvore típica brasileira: o Pau Rosa. Com nome científico Aniba rosaeodora var amazonica Ducke syn Aniba Duckei Kostermans, também é conhecido por pau-rosa-mulato, pau-rosa-itaúba e pau-rosa-imbaúba.
Inacreditável que a floresta Amazônica tem uma riqueza imensa e tão pouco explorada pelos brasileiros. Atenção, digo exploração ordenada dos recursos naturais, sem o desmatamento ou desastre ambiental, mas exploração da madeira em pé.
Desde 1967, quando houve o primeiro registro da extração dessa árvore, foram derrubados dois milhões de árvores degradando a natureza e, pior, não foi revertido nada para o brasileiro, como saúde, educação, trabalho.
O Chanel n° 5 é um dos perfumes mais caros do mundo e no Brasil chega a valer nas prateleiras de luxo até R$ 1.000. Ou seja, a matéria-prima é retirada do Brasil a preços módicos e retorna com majoração de 500% ou mais.
Hoje é o Pau Rosa, antigamente, durante o início da colonização e por quase três séculos os negociantes europeus traficaram o Pau-Brasil. Da madeira se extraía a tintura vermelha para vender a um mercado de luxo e para os cardeais da igreja católica.
E também a fórmula do chocolate, usado pelos índios brasileiros como bebida, foi roubada. Produto considerado rico pelos indígenas, era usado como moeda de troca.
Alguém pagou os royalties dessas explorações seculares?
Perfume, tintura, madeira, chocolate, o que mais vão tirar do Brasil sem reverter em benfício para os próprio brasileiros? Acorda, Brasil.
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