Já mencionei mais abaixo sobre a Galeria do Rock. Atravessando esse edifício, chegamos à rua 24 de Maio, onde fica a Galeria do Reggae. O Centro Comercial Presidente possui lojas com tudo relacionado ao continente Africano: música, camisetas de Bob Marley, roupas coloridas estilo africano, berimbau e cabeleireiras especializadas em penteados afros, entre outros.
É o ponto de encontro de africanos, quero dizer os legítimos, além dos brasileiros afros, curiosos e os perdidos como eu.
A grosso modo, os africanos possuem algumas diferenças, em comparação aos afro-brasileiros: a cor da pele bem preta, são mais altos e usam roupas dferentes. Os rapazes possuem cabelos bem curtos, vestem uma roupa comportada, do tipo quem vai à missa de domingo, jeans ou batas africanas. As moças, apliques de cabelo, com penteados produzidos. Pobres ou não, a certeza é que são cuidadosos na aparência. Falam francês, inglês ou dialetos esquisitos que ninguém entende. Diferente do cidadão português, eles articulam as palavras abrindo e fechando bem a boca.
É claro que há muita gente visitando essas galerias, inclusive famosos, como o rapper carioca MV Bill. As tribos se misturam, podendo encontrar, por exemplo, roqueiros, turistas, loiros rastafaris e outras caras pálidas circulando por ali.
Difícil compreender por quê os africanos preferem São Paulo a Bahia, onde há o maior número de negros no território brasileiro.
Por um bom tempo tentei fotografar um grupo de africanos, mas eles foram bem arredios e desconfiados.
Também pudera, uma senhora branca, de máquina em punho, interrogando como a Helô, personagem da Giovana Antonelli na novela, querendo fotografar africanos? Devem ter imaginado ser eu da Polícia Federal e estava à procura de haitianos sem-papel.
Por pouco esta reportagem ficava sem imagem. Quem me salvou foram esses quatro fofos, brasileiros, que tão somente com um pedido disseram imediatamente. "- Claroo!!!!"
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